Relações Interpessoais
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Portfolio ou Portefolio resulta da junção de duas palavras: Porte+Fólio e Porte = Acto de trazer consigo:
Fólio = folha e portfolio = Invólucro de cartão, de couro, etc onde se colocam papéis, desenhos entre outros; com capa encadernada com uma série de bolsinhas transparentes para apresentar fotos ou documentos. In Nova Enciclopédia Larousse. Vol.18, p.5626.
Portfolio digital é um recurso multimédia onde podemos colocar os documentos em Word, fotos , PowerPoint, PDF, multimédia, blogs, onde pudemos fazer uma reflexão pessoal sobre o nosso desempenho.
Ao olharmos par o portfolio, podemos verificar a nossa capacidade de recolha, organização, interpretação e reflexão, relativamente sobre as vários informações que tivemos acesso ou outras que criamos, e pode ser realizado, em relação a actividade profissional ou pessoal, facilitando as nossas aprendizagens formais e informais ao longo da vida.
Portfólio na Educação é um instrumento que pode ser utilizado pelos alunos e professores; pode ser utilizado para identificar a qualidade do ensino e na elaboração dos trabalhos dos alunos.
Alarcão e Tavares definem portfolio como sendo "um conjunto coerente de documentação reflectidamente seleccionada, significativamente comentada e sistematicamente organizada e contextualizada no tempo, reveladora do percurso profissional". Identificam oito características que são: coerência, pessoalidade, significado, reflexão experiencial, documentação, selectividade, continuidade, contextualização no tempo e nas circunstâncias. O portfolio é "uma construção pessoal do seu autor, que selecciona os seus trabalhos, os organiza, os explica e lhes dá coerência" e tem por finalidade:"dar-se a conhecer, revelar-se, aspirando a um reconhecimento do mérito". São considerados peças únicas por serem originais. Actualmente são utilizados em várias profissões. É muito conhecido na creditação de competências na formação de adultos e por vezes na formação de professores.
Segundo Trindade (2007:143) o portfolio é onde se faz os "registos escritos pelo punho dos formandos e onde os mesmos vão registando, de uma maneira sistemática e contínua... as experiências, os acontecimentos, as reflexões, os episódios que a sua actividade profissional os faz viver." Mas que por ser um docomento delicado, pode apresentar contradições que se deve ter em atenção. Como instrumento de registo do desenvolvimento profissional, deverá ter em "o pior da produção do professor" para poder identificar os pontos fracos e que deve melhorar, mas enquanto instrumento de auto-avaliação, é de grande importância que esteja o "melhor da produção do professor".Não deve ser um instrumento de avaliação pontual, pois deve ser um registo de vida e de crescimento profissional.
Trindade refere ainda que como sendo um instrumento inovador no ensino deve ser trabalhado como conteúdo de formação, para que os estudante possam saber utilizá-lo. Diz-nos que é um " poderoso instrumento de desenvolvimento profissional e pessoal" daí a importância da sua construção, para que o potfolio seja útil para quem o produz, assim como para quem o avalia. Mas como organizar um portfolio?
Segundo Pinto e Santos pode-se encontrar diferentes perspectivas em relação a quem deve seleccionar os trabalhos a colocar no portfolio. Pode ser o aluno, o professor, a escola ou em acordo entre todos. Segundo os autores o portfolio é "pertença do aluno" daí que deve ser ele a seleccionar os seus trabalhos, mas deve ser apoiado pelo professor. "O portfolio é propriedade do aluno, cabe-lhe a ele decidir o que incluir ou não no seu portfolio", cita Leal, 1997;Villalobos,2002.
Pinto e Santos afirmam que o portfolio como recurso serve dois propósitos diferentes: Primeiro, durante a sua construção serve como "contributo para a aprendizagem, desenvolvida através da auto-avaliação, do feedeback dado externamente, da reflexão sobre o que aprendeu e da identificação de pontos fortes e de pontos fracos, a necessitar de desenvolvimento"citam (Tillema, 1998). O aluno quando vai escolher o que tem de melhor , faz uma reflexão sobre as várias actividades que desenvolveu, sobre a sua aprendizagem e como deve melhor o que correu menos bem.O segundo propósito , é quando o portfolio está concluído poder ver a sua evolução durante um determinado período, normalmente um ano lectivo.
Pinto e Santos referem que o portfolio é um "meio de desenvolver no aluno a capacidade de reflectir sobre o que fez e como o fez e de lhe dar maior autonomia para tomar decisões, quer na selecção dos materiais... quer na sua organização, permitindo um papel mais interveniente na avaliação" citam (Clarke, 1996). É um instrumento que traz vantagens tanto para o aluno como para o professor, permitindo uma comunicação mais estreita entre os dois há uma proximidade maior, permite ainda ao professor esclarecer bem os seus critérios de avaliação.·
Bibliografia:
Alarcão, I. e Tavares (2007). Supervisão Pedagógica: uma Perspectiva de Desenvolvimento e Aprendizagem. Livraria Almedina.
Pinto, Jorge; Santos Leonor (2006). Modelos de Avaliação das Aprendizagens (Temas Universitários) Lisboa: universidade Aberta.
Trindade, Victor Manuel (2007). Práticas de Formação-Metódos e Técnicas de Observação, Orientação e Avaliação em Supervisão (Temas Universitários) Lisboa: universidade Aberta.
Https://ww2.ancorensis.pt/v3/becre/pdfs/PORTFOLIO-DIGITAL.pdf
Tema 1 - Debates sobre Relações Interpessoais
Tema 3 - Agentes intencionalidades e contextos educativos
Tema 4 - Conflito e intervenção na escola
Tema 5 - Comunidades de Aprendizagem,
Tema 6 - Trabalho Final e Conclusão do e-Portfólio
Este e-portfólio foi criado no âmbito da Unidade Curricular – Relações Interpessoais, do Mestrado em Supervisão Pedagógica e destina-se a colocar no Blog. De acordo com Aires, 2011, portfólio digital ou webfólio é “um instrumento pedagógico integrador dos processos e produtos da aprendizagem individual “, de cada um de nós e onde serão registados os documentos produzidos, assim como a reflexão sobre os percursos relacionados à construção dos documentos, os materiais, os links indicados ao longo do semestre, a auto-avaliação dos percursos e ainda o projecto de intervenção orientado para a promoção de culturas de (con)vivência em contextos educativos.
O portefólio evidencia algumas aprendizagens e vivências pessoais, tais como :
- registos de documentos construídos, ideias e experiências sobre as temáticas investigadas;
- aprofundamento das temáticas abordadas;
- análise crítica dos documentos construídos;
-análise crítica das aprendizagens realizadas;
- o projecto solicitado;
-auto-avaliação do percurso de aprendizagem
Afiliação; Vinculação; Padrões relacionais.
Sinopse
No Tema 1,foram explorados os conceitos de Afiliação, Aceitação, Reciprocidade, Interdependência e Rejeição.
Primeiramente procedeu-se à leitura dos materiais indicados pela professora, assim como outros recursos, entre os dias 14 a 19 de Março;
Seguidamente realizou-se o registo de atitudes de aceitação, reciprocidade, interdependência e rejeição, ao longo de uma semana, em cenários escolares e formativos, entre os dias 21 a 26 de Março;
Por fim realizou-se a partilha e discussão em fórum do resultado das leituras efectuadas e das observações registadas, entre os dias 28 de Março a 02 de Abril.
Objectivos
- Identificar agentes, intencionalidades e especificidades contextuais das interacções em âmbitos educativos e formativos.
Exploração dos conceitos:
“O homem é uma das espécies mais evoluídas que se adapta e sobrevive graças à relação que estabelece com o outro”. (Del Prette e Del Prette,2007) .
A afiliação é um aspecto básico do comportamento humano. As pessoas com medo afiliam-se para esquecer os seus problemas, assim quando nos deparamos com situações novas ou incertezas de como devemos reagir, tentamos procurar no outro a fonte de informação. Schachter refere que “a ordem do nascimento está relacionada com tendências aflitivas” cita Prette. Verifica-se uma dependência de ajuda ou referência como variável importante na tendência aflitiva e a afiliação diminui a ansiedade. A necessidade de filiação é uma motivação importante no sentido de ajuda, ou seja , atenua os efeitos menos bons das necessidades de poder e de realização (McClelland,1982, cita Prette).
Aceitação é quando um indivíduo aceita conhecer o outro tal como é, respeitando as suas diferenças e aceitando-as. A mudança deve ter em conta ambas as pessoas em interacção. Aceitar não quer dizer despersonalizar -se e assimilar os atributos do outro, apesar de acontecer alguma assimilação. Aceitar é ouvir. A reciprocidade na aceitação, é quando cada um aceita o outro como ele é, é aceitar as várias culturas. Cada um conserva os seus valores, praticando-os e defendendo-os, mas sempre respeitando o espaço do outro.
Reciprocidade
A reciprocidade pressupõe respeito, aceitação do outro como ele é, uma pessoa em desenvolvimento para tornar-se mais pessoa; pressupõe atenção, justiça, cuidado pelo outro, autenticidade, verdade, liberdade, amizade, amor.
Reciprocidade pressupõe interacções sociais, considerando que os dois intervenientes são ajudados. Neto (2000:398) considera "A norma da reciprocidade diz que pagaremos favores aos que nos ajudaram".
A interdependência está associada à necessidade de filiação, à desejabilidade social, atracção interpessoal e de grande importância na génese grupal. É uma condição natural na vida social e um atributo de valor e que deveria orientar, juntamente com outros atributos, as interacções entre pessoas e grupos.
Rejeição está relacionada com a discriminação, isto é, com o comportamento negativo em relação a membros de um grupo específico;
Situação de afiliação
“A palavra afiliação é utilizada pelos psicólogos sociais para se referirem a um desejo ou motivação para se estar com outras pessoas, muitas vezes apesar de se gostar de outros” (Neto, 2000:137).
Podemos dizer que o homem está sempre a aprender e a adaptar-se às melhores condições ou modificando-as quando as mesmas se apresentam desfavoráveis. Assim, a sobrevivência continua ligada à relação com o outro, começando a quando da procriação e que se vai estendendo pela vida. ( Del Prette ,2007)
Podemos encontrar situações de afiliação em contexto escolar entre os professores, funcionários, alunos. Verifica-se a necessidade por parte dos novos professores, dos novos funcionários e dos novos alunos a necessidade de integração nos grupos, respectivamente na sala de professores, no ambiente de trabalho e nas salas de aulas, ou mesmo na comunidade escolar.
McClelland, 1982, citado em Neto, 2000, p. 146,refere que : “A capacidade de cuidar dos outros e ter alguém que cuide de nós pode contrabalançar certos efeitos negativos de uma sociedade em que poder e realização ocupam um lugar proeminente”.
Situação de aceitação:
Segundo Del Prette, 2007, a aceitação traduz-se “pela firme disposição de reconhecer o outro tal como ele é, respeitando as diferenças percebidas, assumindo que qualquer objectivo de mudança deve passar pelo crivo de ambas as pessoas em interacção” (Del Prette, 2007). Podemos dizer a aceitação manifesta-se no reconhecimento do valor do outro e no respeito pela diferença, implica compreender o ponto de vista do outro, aceitar não significa despersonalizar-se e assimilar os atributos do outro.
Situação observada em relação à aceitação:
Numa das turmas que tenho, tem 4 alunos de etnia cigana, para além dos colegas que já os acompanhavam desde a escola primária, entraram 4 alunos vindos do colégio. Os alunos que os acompanham desde a escola primária aceitavam-nos muito bem e ajudavam-nos nas dificuldades reveladas e nas tarefas em sala de aula. No entanto, os outros alunos do colégio colocavam-nos de parte, nunca queriam trabalhar a pares ou integrá-los no grupo de trabalho. Cada professor teve de tentar modificar esta situação ao longo do 5º ano e este ano, que estão no 6º. Conseguimos que aceitação/integração por parte dos meninos que vieram do colégio, pois já aceitam trabalhar com os colegas.
De acordo com Del Prette(2007) a aceitação pode conduzir a uma atitude de abertura e por conseguinte a uma renovação da experiência de viver. Sendo a aceitação oposta a intolerância, dá origem ao respeito, constituindo uma parte importante da convivência. Convivência não significa conivência. Aceitar pode implicar a alteração das diferenças perceptíveis de uma pessoa em relação a outra.
A integração/aceitação do aluno na sala de aula do ensino regular é uma concretização da necessidade de mudança de atitude face ao ensino tradicional.
Situação de reciprocidade:
Em relação a situações de reciprocidade verificadas no nosso dia-a-dia, por exemplo entre professores, quando é preciso trocar aulas porque um dos colegas precisa de faltar e para não perder a aula o outro colega vai substituí-lo, ou entre alunos quando um deles se propõe explicar determinadas dúvidas ou entreajuda nos trabalhos propostos nas aulas.
Amir Prette e Zilda Prette referem que a reciprocidade na aceitação consiste na maior garantia de exercício do direito de cada um ser como é, praticar a sua cultura e ter os seus valores, divulgando-os e defendendo-os. A reciprocidade pressupõe respeito, aceitar o outro como ele é. Uma pessoa em desenvolvimento para tornar-se mais pessoa, pressupõe atenção, justiça, cuidado pelo outro, autenticidade, verdade, liberdade, amizade, amor.
Neto (2000) diz-nos que encontrarmos uma reciprocidade quando gostamos, e temos a tendência de gostar, daqueles que gostam de nós.
Backman e Secord (1959), nos seus estudos, afirmaram que os sujeitos gostam daquelas pessoas que pensam que gostam delas. Assim, quando gostamos de alguém, temos a tendência de a assumir que também gostam de nós (Mettee e Aronson, 1974, citado em Neto, 2000).
Situação de interdependência:
A relação entre professor/ aluno pode ser considerada uma relação de interdependência . Na sala de aula, há alunos que não conseguem trabalhar sem ajuda do professor, e o professor sem o aluno não consegue ensinar, realizar-se a nível profissional. E ainda, para além de professor , pode ser educador e confidente. Del Prette e Del Prette (2007, p.219), considera que é através da interdependência que o indivíduo se vai descobrindo a si próprio em conexão com o “outro”.
Segundo Del Prette (2007)," a aceitação da noção de interdependência está relacionada à premissa", ou seja," fazemos parte de uma rede de conexões que coloca cada pessoa, estando ou não próxima, em dependência recíproca das demais".
Situação de rejeição:
A maior parte dos alunos do 6º ano conhecem-se e aceitam-se, respeitando as diferenças uns em relação aos outros. Mas há uma aluna de etnia cigana que faz parte da turma, mas que falta muito e só há pouco tempo começou a ir às aulas, não é muito bem aceite, mesmo pelos colegas de etnia cigana. Não sei se é pelo facto de só ir à escola para não perder o subsídio? Ou por revelar muitas dificuldades de aquisição e compreensão de conhecimentos ? Falta imenso às aulas. Não consegue acompanhar os colegas na realização das tarefas propostas na aula, normalmente tenho de fazer umas fichas de trabalho diferentes para ela. Mesmo assim não as faz.
A rejeição também pode ser em relação aos níveis negativos obtidos por parte dos alunos. Na Quinta -feira numa das turmas do 6º ano, em que foram abordados temas como a adolescência e o amor-próprio, entre outros assuntos , uma das alunas confessou perante a turma, que no 5º ano sentia-se rejeitada pela turma por ser a única a ter testes negativos e que este ano já não se passava, porque as suas notas melhoraram.
“Por vezes, crianças e jovens são criticados, ridicularizados e marginalizados pelos pares, de forma aberta ou coberta, devido a características físicas diversas (…) ou a comportamentos menos apropriados social ou desenvolvimentalmente”. (Costa e Matos, 2006, p. 62). Esta situação de rejeição, leva muita das vezes a que as crianças se tornem conflituosas e podendo mesmo serem excluídas do grupo, da turma ou da escola.
Teorias das relações interpessoais:
As relações que se estabelecem entre os professores e os alunos são de grande importância para a adaptação psicossocial para os alunos e para os professores.
O professor tem um papel decisivo na vida de crianças em risco, pois pode contribuir para o processo de resiliência, no aspecto em que pode alterar concepções negativas que o aluno tem acerca de si e do mundo e pode ajudá-la a desenvolver estratégias de regulação emocional e comportamental adaptadas. É necessário que o professor reconheça que pode ter um papel decisivo para os seus alunos e ter disponibilidade para "investir emocionalmente" permitindo uma base segura para o desenvolvimento dos mesmos.
É importante a promoção do desenvolvimento pessoal e social dos professores. Os professores deverão criar condições emocionalmente seguras para o desenvolvimento e a aprendizagem por parte dos alunos. Assim é sugerido que a formação contínua dos professores inclua o desenvolvimento pessoal e interpessoal, criando condições de modo a promover processos de reflexão e de integração que decorrem ao longo da vida e que poderão ligar-se à actividade profissional, ajudando os professores a:
-tomar consciência de sentimentos e emoções mais negativos que se passam nas turmas ou com os alunos;
-reconhecer o significado particular à luz de cada um;
-tomar consciência de que algumas das acções resultam de determinadas reacções;
-questionar e rever alguns dos pressupostos nos quais assentam as práticas profissionais, para superar os problemas relacionais e promover ambientes de cooperação;
-aceitar o papel activo e proactivo na transformação de relações menos positivas por parte de alguns alunos;
-desbloqueio da rigidez de alguns processos de significação para permitir a progressão para níveis mais complexos de compreensão da relação entre os alunos e a sua interacção.
A Teoria da Vinculação "nasce da confluência de um conjunto de tendências dominantes no campo da biologia e das ciências sociais, designadamente da etologia e da biologia desenvolvimental, da teoria do controle dos sistemas e das teorias cognitivas do processamento da informação"cita Costa e Matos (p.45:2007) .
A Teoria da Atribuição trata dos modos pelos quais as pessoas explicam / atribuem o comportamento dos outros. Atribuindo dois tipos de causas: atribuições externas ou "situacionais" - causalidade a um factor externo, tal como o clima; e atribuições internas ou "disposicionais" - causalidade aos factores internos ao indivíduo, tais como habilidade ou personalidade.
A Teoria do Reforço refere que o comportamento das pessoas pode ser influenciado e controlado através do reforço através da recompensa dos comportamentos desejados e ignorando as acções não desejadas, assim o castigo do comportamento não desejado deve ser evitado de modo a contribuiria para o desenvolvimento de sentimentos de constrangimento ou mesmo de revolta. Skinner propõe que: “Mesmo que o comportamento das pessoas possa ser controlado e enformado por longos períodos de tempo sem que estas se apercebam disso, inclusivamente sentindo-se livres".
Reflexão:
O Homem vive em sociedade e, como em qualquer sociedade, estabelecem-se diferentes relações entre os seus elementos. Havendo uma acção social tem que existir comunicação que é um processo que envolve relações interpessoais. Segundo Costa e Matos (2006:9) esta comunicação é sistémica uma vez que “afecta e é afectada por uma realidade construída ao longo do tempo”.
A necessidade de construir uma nova realidade social tem produzido exigências e competências interrelacionais que visam disciplinar e harmonizar, quase de modo irrepreensível os seres humanos que vivem numa qualquer comunidade, no sentido de recuperar relações mais humanizadas quer entre os homens, quer entre os homens e o meio.
Para uma criança ou jovem estar integrado/ser aceite numa escola é necessário ter uma resposta organizada para as suas necessidades educativas e essa resposta educativa é da competência da escola.
A propensão para atitudes de aceitação ou rejeição encontra-se intimamente ligado às vivencias relacionadas no contexto familiar. Os jovens que incrementaram uma vinculação segura, manifestam uma maior autonomia, revelando uma auto-estima mais elevada e, por conseguinte, aceitam melhor novas perspectivas, novos pontos de vista, apresentando uma maior propensão para a aceitação do outro.
Fontes básicas:
- Neto, F. (2002). Psicologia Social. Lisboa: Univ Aberta, pp: 141-146.
- Costa, E.; Matos, P. (2007). Abordagem sistémica do conflito. Lisboa: Universidade Aberta, pp.43- 72.
- Del Prette, A.; Del Prette, Z. (2007). Psicologia das relações interpessoais (6ª ed.).Petrópolis: Editora Vozes, pp.212-220 (disponíveis em "documentos")
-Outros recursos indicados na Sala de Aula virtual .
Fontes complementares:
-Feldman, R.S. (2001), Compreender a Psicologia, Lisboa, McGraw-Hill
-Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/7391/material/A%20Natureza%20da%20Psicologia%20Social.pdf
- http://psicologiarg.blogspot.com/2008/04/lista-de-teorias-da-psicologia-social.html
- http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/teoriadoreforco.htm